Isabel de Castela e Fernando de Aragão: estratégias matrimoniais e construção do poder na Monarquia Ibérica

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Resumo

O casamento de Isabel de Castela e Fernando de Aragão representou um marco na configuração do poder monárquico ibérico no século XV. Longe de ser um mero instrumento dinástico, essa união resultou de complexas negociações políticas e consolidou a ascensão de Isabel ao trono castelhano em um contexto de disputas sucessórias e rivalidades internas. O artigo analisa as estratégias empregadas por Isabel para garantir sua posição como rainha proprietária de Castela, desde as tratativas matrimoniais até a Concordia de Segovia, documento que estabeleceu os limites do poder de Fernando no reino castelhano. A pesquisa baseia-se em fontes primárias, como crônicas e documentos diplomáticos, aliadas a uma revisão historiográfica que discute a centralização monárquica e a construção simbólica do poder régio. A análise revela como Isabel exerceu protagonismo nas decisões políticas, redefinindo o papel da monarquia e reforçando a legitimidade dinástica em um período de profundas transformações na Península Ibérica.

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Publicado

2025-09-29

Como Citar

Vidotte, A. (2025). Isabel de Castela e Fernando de Aragão: estratégias matrimoniais e construção do poder na Monarquia Ibérica. Revista Diálogos Mediterrânicos, (28), 60–87. Recuperado de https://www.dialogosmediterranicos.com.br/RevistaDM/article/view/498

Edição

Seção

Dossiê "Vínculos de poder: o matrimônio enquanto ferramenta política na Idade Média"