@article{Fernandes_2016, title={Jacques de Armagnac, duque de Nemours e a acusação de Lesa-majestade. A construção de um crime político por meio da memória escrita. 1465-1477.}, url={https://www.dialogosmediterranicos.com.br/RevistaDM/article/view/173}, DOI={10.24858/173}, abstractNote={<p>No decorrer da Idade Média a traição era um fenômeno politico-cultural de ampla incidência nas relações sociais, pois implicava a ruptura da ligação pré-existente entre indivíduos e/ou grupos. Logo, essa ruptura supõem uma inversão das normas e uma transgressão que abala a ordem estabelecida oferecendo um perigo real seja para o grupo, seja para a família ou seja para o Estado. Analisaremos nesse artigo como a memória escrita de um extenso processo contribuiu para a construção do crime de Lesa-majestade de Jacques de Armagnac, duque de Nemours, nas décadas de 1460 e 1470 no âmbito do reino de França. Temos como ideias centrais que o manuscrito do referido processo funcionava como uma espécie de instrumento de reforço de identidade dos servidores imediatos do poder real e ao mesmo tempo como instrumento de admoestação régia ao alto oficialato. Pois se um príncipe de sangue real, par de França, poderia ser decapitado mediante processo de lesa-majestade, quanto mais deveriam temer oficiais cuja ascensão social era devida principalmente ao próprio rei.</p>}, number={9}, journal={Revista Diálogos Mediterrânicos}, author={Fernandes, Fabiano}, year={2016}, month={jan.}, pages={189–209} }