A Revista Trimensal do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro no limiar da República (1888-1891)

Autores

  • Ivonete Pereira Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Roger R. Diniz Costa

DOI:

https://doi.org/10.24858/368

Palavras-chave:

Historiografia brasileira, Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Primeira República.

Resumo

Neste trabalho buscaremos investigar os posicionamentos políticos dos historiadores do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro que se fazem perceber nas publicações da Revista Trimensal do Instituto, precisamente nas edições dos anos que se seguiram à Proclamação da República (1889). Para tanto, tomaremos como fontes as edições da Revista no lapso temporal que cobre os anos de 1888, ano anterior à Proclamação, a 1891, contemplando quatro anos de publicações regulares. A mudança dos regimes marcou não somente uma transição política, mas também uma ruptura na intelligentsia brasileira, sobretudo nas ciências humanas: de estudos apologéticos à monarquia e ao passado colonial que funcionavam como legitimadores do Estado imperial, às pautas republicanas, com o intuito de fomentar uma nacionalidade cidadã entre a população. Esta mudança, porém, não foi brusca, mas gradativa, acompanhada pela permanência da influência política e do controle administrativo republicano das mesmas elites que compunham a aristocracia do Império. Averiguaremos como as tensões do cenário político e tendências ideológicas dos membros do Instituto se permitem ler em suas narrativas na Revista. 

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Publicado

2020-03-20

Como Citar

Pereira, I., & Costa, R. R. D. (2020). A Revista Trimensal do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro no limiar da República (1888-1891). Revista Diálogos Mediterrânicos, (17), 105–126. https://doi.org/10.24858/368